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Culinária Brasileiras

O  acarajé  é  uma comida  tradicional  baiana. Em quase todas as esquinas de  Salvador há  uma baiana com um tabuleiro de iguarias, dentre as quais  esta  , a  mais famosa. Sua  origem  é  africana.


                                   Acarajé  é  uma  comida ritual   da  Orixá Iansã,  uma das  deusas  mais  conhecidas   do  CANDOMBLE´,   religião   africana  trazida  para  o Brasil  pelos  escravos  negros. Os  orixás  são  divindades que representam as  forças  da  natureza.

Representação do Orixá Iansã.

Fonte :http://www.umbandaracional.com.br/pesqorixas.html

 

Manuel Querino em A arte culinária na Bahia, de 1916, conta, na primeira descrição etnográfica do acarajé, que  :
                                   "no início, o feijão fradinho era ralado na pedra, de 50 cm de comprimento

                                   por 23 de largura, tendo cerca de 10 cm de altura. A face plana, em vez de

                                   lisa, era ligeiramente picada por canteiro, de modo a torná-la porosa ou

                                   crespa. Um rolo de forma cilíndrica, impelido para frente e para trás, sobre

                                   a pedra, na atitude de quem mói, triturava facilmente o milho, o feijão, o arroz"


                                   O acarajé é feito com feijão-fradinho, que deve ser quebrado em um moinho em pedaços grandes e colocado de molho na água para soltar a casca. Após retirar toda a casca, passar novamente no moinho, desta vez deverá ficar uma massa bem fina. A essa massa acrescenta-se cebola ralada e um pouco de sal.  O  segredo  para que fique macio é  o tempo  de bater  a  massa, aliado  ao fato de  se ficar  sempre  mexendo  a  mesma enquanto vão sendo fritados  os  bolinhos,  para que  não perca a consistência . Quando ela estiver  no ponto,  ficará com a aparência  de  espuma. Para fritar,  usa-se  uma panela  funda  e  bastante  azeite-de-dendê   ou  azeite  doce ( de  oliva ),  que deve estar   bem quente quando  se coloca o primeiro  bolinho  ,  sendo necessárias duas colheres,  uma   para  moldá-los ( a de pau)     e  outra para segurá-los.
                                   A  origem  do nome  vem  das  palavras   africanas     àkàrà  ,  que  significa  “bola de fogo” ,   e    je , que   significa  “comer”. No  Brasil as  duas  foram  reunidas ,  com o acento   tônico  na última sílaba.

Os  bolinhos, depois de   fritos, são colocados  em  papel absorvente  para absorver    a  gordura excedente  e   partidos  ao meio.  Então coloca-se  o  recheio no  interior , constituído por   um  camarão  seco envolto    em    uma colher  de  vatapá  ( outra  comida  de origem africana)  e  molhado com o molho   de camarão.

 

 

PATRIMÔNIO   NACIONAL

 

            Em  janeiro de 2005 o acarajé e a atividade da baiana foram  tombados como patrimônio nacional pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional  (Ipohan).  

            No Brasil colonial  o acarajé era vendido nas ruas por escravas que  iam cantando para atrair a freguesia. Com a venda da iguaria muitas delas compraram  a sua  liberdade. O  nome  abrasileirado “acarajé”  parece   vir  dos cantos  entoados por elas.

           O  músico  Dorival Caymmi reproduziu  livremente, em sua música  “A Preta”,  uma versão desses  cantos :
                                     “O  acará  jé  ecó olailai  ó”
que  seria um chamado  para  o freguês comprar  o quitute.

        Hoje  as baianas  , em  Salvador, têm   tabuleiros em quase todas as esquinas,  todos  muito concorridos.     

INGREDIENTES:

 

 

PREPARO:

 

 

 

 

VATAPA

 

 

INGREDIENTES:

 

 

PREPARO:

 

Fonte :  Anexo “Mulheres do Brasil” , à  revista  CLAUDIA, Ed. nº 3, ano  45(2006), Ed. Abril.

 

 

 

 


 

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