Nome
 
                                   A palavra  “pirâmide” não vem do egípcio, mas  do grego :  pyra , que significa fogo,  luz  , símbolo   e    midos , significando  medidas .
 
                                   Cada  pirâmide  tomou  o nome  do faraó  que a  construiu.
 
                                   Localização
 
                                   Num  platô   elevado  na  margem  oeste  do Rio Nilo,  erguem-se as três  maiores das 80  pirâmides  no antigo Egito ,  construídas  por  três  faraós, que  lhes deram  os  nomes  : Queóps ( ou  Kufu), seu filho  Quéfren e seu neto Miquérinos ( ou Menkaure). Constituem-se em  uma das  “Sete  Maravilhas do Mundo Antigo”,  posicionadas em  primeiro  lugar,  destacando-se  das demais  porque são as  únicas que  resistiram até  os  nossos dias, não necessitando, pois, da  descrição  de  historiadores e arquitetos antigos -  podem ser visitadas  até  hoje,  apresentando  bom estado de conservação.
 
                                   O local onde se encontram é o  platô  de Gizé (que seria  um galicismo)  ou  Guiza ( mais próximo do nome inicial), na antiga Mênfis e   que atualmente  compõe o complexo do Cairo, no Egito.  São  monumentos que  impressionaram a todos os  grandes conquistadores  do Mundo Antigo,  desde Alexandre Magno, César,  Napoleão,  até  os  nossos contemporâneos  que a vêem  erguer-se  da  imensidão do deserto,  verdadeiras  jóias  de  granito brotando   em homenagem ao  engenho  e  capacidade  de trabalho humanos  -   embora haja  muitas pessoas que  atribuam a  sua construção   a  seres extra-terrenos,  por haver,ainda em nossos dias ,  determinados  segredos   e técnicas  utilizados não descobertos , notadamente  para  o transporte  dos imensos e pesados   blocos  e  a  sua colocação em   encaixe  perfeito  uns  com os outros, sem auxílio de  cimento  ou qualquer substância colante – em alguns  locais  não é  possível  passar  nem  alguma coisa da espessura de   uma  folha de papel.
 
                                      Finalidades
 
                                     A arqueologia, baseada  em  princípios científicos,  entende  que  todas  serviram de túmulos aos  grandes faraós  que as construíram. Mas, em relação à chamada Grande Pirâmide,  a primeira das três a ser  construída  ,pelo faraó Quéops, ainda  há  algumas dúvidas, pelos seguintes motivos : a)  o seu  corpo não foi encontrado ali  e não há  indicações de que alguma vez  esteve  lá  e a  câmara  da  rainha  está  incompleta ; b) todas as  outras pirâmides que serviram de sepulcro aos faraós que as construíram só  possuem  1 câmara, para  o sarcófago real, e,  nessa ,existem três ( uma supostamente para Queóps, outra supostamente para a rainha e  uma terceira, cuja finalidade  é um mistério); c) nessa, ao contrário  do que há em todas as  outras,  não há nenhum hieróglifo, nenhuma inscrição, apenas  uma marca  do operário da  obra, indicando a  pedreira de  onde veio um dos blocos, a de Queóps, acima  da câmara  real; d) a existência de  um túnel  de  ligação  entre a saída supostamente de emergência e  a  pirâmide de Miquérinos  , com  um ramal , a 40  metros abaixo do solo, para a Grande  Esfinge. Note-se que a rainha de Queóps foi sepultada   em  uma  pirâmide  menor,  anexa  a  ela. E, por  outro lado,  há  presunções  de que  o faraó teria sido enterrado em  uma  das pirâmides  erguidas por seu pai, Snefru, pois este  existe  mais  de  uma  pirâmide  atribuídas a ele, que  não necessitaria  de mais  de  uma  para  seu sepultamento  -  nenhum  faraó  utilizou mais de  uma   para  seus funerais.
 
                                       Outra  hipótese  é  a  de que  se destinaria  a  um templo de aprendizado  e  de  iniciações, aceita  principalmente  entre  os místicos,  dadas as  suas  posições terrestres  em  estreita e direta relação com estrelas e   constelações hoje conhecidas, com medidas de distância    perfeitas:  por  exemplo , o seu ápice está  alinhado com   a  posição da estrela Alfa da constelação do Dragão , medida à época da sua construção. Quem  não concorda  com essa  hipótese  não  pode  negar, contudo,  a  relação matemática  entre  medidas  e  posições   de  todas as  80  pirâmides  em  relação   ao  próprio eixo  terrestre  - simetria perfeita  dos  lados das 3 Grandes Pirâmides com  as  linhas  norte-sul e leste-oeste que  o homem  de hoje  desenha  no globo,  o  que  nos sugere  terem  os antigos egípcios  os conhecimentos  da atualidade contemporânea ao século XXI nesse particular,  ainda  não  explicados de maneira definitiva  e  também do conhecimento  da medidas   de distâncias  cartográficas  celestes .  De qualquer forma isso  significa que  eles  sabiam  o tamanho e o formato da Terra.
                                               Todos aqueles blocos de pedra foram deliberadamente inclinados e entalhados com exatidão à curvatura da Terra.O raio dessa inclinação é igual ao raio da Terra.
                                               As bases das paredes submersas da pirâmide contêm esferas e cavidades construídas em seu interior igual às pontes do século XX.

As grandes Pirâmides de Gizé

                                  As  pirâmides,  para  os  antigos egípcios, significavam a  representação dos  raios  do deus  Sol,  brilhando em direção  à Terra , nela penetrando , unindo-se às     águas  do Nilo, fonte  de vida  , trazendo prosperidade  e  grandeza ao Egito. E,  em contrapartida,  retornando  e se  juntando a  ele  na  pessoa  do  faraó, cujo espírito,   para  usufruir do “status” de  deus,  que já  possuía  em vida, conforme  a  mitologia  da época.
 
                                     Foram todas  construídas  à margem oeste  do  Nilo,  na  posição do  Sol  nascente  e  dirigindo-se  para a direção do poente. 
 
                                   Antigo  provérbio árabe  diz : “ o tempo ri  para todas as coisas, mas  as  pirâmides  riem para  o tempo”. Essa  é  uma constatação  da  força  da construção  utilizada,  com fundações    apropriadas  para  resistirem  não só  ao tempo, mas  a  intempéries, inundações, terremotos, tempestades  de areia, com técnicas  tão sofisticadas  como  as  de  hoje – o  que  significa que, ao  serem construídas, as  pirâmides  se  destinavam a durar  pela  eternidade.
 
                                    A  geometria  nos  ensina  que a soma  de todos os ângulos internos de  um triângulo,  isósceles, escalenos  ou   eqüiláteros , é  igual a 180º, que  equivale  à  metade da  soma dos ângulos de  uma circunferência, que  somam  360º ou radianos. Mas  , segundo  medições que  já foram realizadas, essa  regra  não se aplica às  pirâmides, o que  induz  à idéia da  utilização de  outro  tipo  leis  de matemática. Mas  é  de  deduzir-se que  todas as medidas utilizadas  tinham  um significado, ainda  desconhecido  para  nós.
                                   Foram feitos testes  e  um material de fácil decomposição, como carne, colocado no baricentro de uma das pirâmides não apodrece.

                                   Cada pirâmide representa  um complexo:   com  sua  estrada  (ou rampa), que  as  liga  ao rio Nilo, seu templo,  um templo funerário  e  pirâmides  pequenas , destinadas  ao sepultamento  de  rainhas  e filhos  dos respectivos faraós,  tudo  cercado por túmulos ( macabas), de sacerdotes,nobres  e  pessoas do governo  -  enfim,  representação, em  morte ,  de como era, em vida ,  a corte e  o corpo administrativo e religioso existente  na  época do respectivo  faraó.

Pirâmides  de Gizé

                                                                      A Pirâmide de Queóps (ou Kufu) , também  conhecida como “Grande Pirâmide,   a maior das  3  que formam  a  1ª. colocada dentre as Sete Maravilhas do Mundo antigo, é aquela  a que a encontramos  maiores referências  na  literatura científica  e  literária e é ela  que representa todas,  dada a  sua  magnitude , que , na realidade  dá  ao conjunto  o destaque  de grandiosidade  dentre  todos os grandes  monumentos do antigo Egito. Sobre  elementos básicos de sua construção, genericamente,  encontramos   a  seguinte  passagem :

                                                                            
                                               As Pirâmides de Gizé foram construídas  pelos   3 faraós – pai , filho e  neto – Queóps, Quéfrem e Miquerinos, formando uma  trindade  perfeita de deuses, sendo que a maior delas, a de Queóps, foi  direcionada, em cálculos exatos,  pela  sua base,  para  a posição, à época, da   estrela Alfa da constelação do Dragão, à  margem oeste do rio Nilo , no platô  de Gizé, atual cidade,  componente do complexo do Cairo.  Era o  início da  4ª. Dinastia,  inaugurada por  Snefru, pai de Quéops,  que  também  foi construtor de pirâmides – mas  as  suas  se distinguem  dessas e das posteriores,  porque  possuíam  degraus , enquanto  as mais recentes   são  lisas.

                                   A Grande Pirâmide era a  maior construção erguida  pelo homem até o advento  da Torre Eiffel, em  1889, correspondendo  a  um prédio de  49 (quarenta e  nove ) andares. As  três possuem a  base quadrada. Somando-se as áreas  das bases das três, obtemos aproximadamente  93 (noventa e três) mil  metros quadrados,  o que corresponde à  área do Lower Midtown , de Nova York.

                                   Não  só  em relação às   medidas  exatas,  tanto  em relação  ao  nosso planeta, quanto a  distâncias  entre a Terra  e  corpos  celestiais,  como   também  ao tipo de cálculos matemáticos  utilizados,  métodos  de construção ,   existem  dúvidas  e  outras vezes  perplexidades. Mas  causa   várias conjecturas  a  forma  de   transporte   dos  blocos  de granito  e  a  procedência dos  mesmos  e,  até  mesmo,   o “know-how” da mão de obra empregada. Várias  hipóteses têm sido  levantadas. Mas  a  mais  moderna  diz  respeito  à  química, através do processo chamado  geopolimerização.

                                   O Dr. David  Davidovitch, inventor,  descobriu  um método  chamado geo-síntese , em 1978, que consiste  em construir  materiais  polímeros .Através desse método  pode-se transformar  em   matéria compacta, mais  dura  e durável  do  que  qualquer   concreto conhecido , cerâmicas flexíveis   e  leves,   através  de  processos  especiais   de  composição orgânica à temperatura ambiente. Assim,     a  hipótese  mais recente para  a condução  dos  milhares de blocos que compõem  a  pirâmide  é a de que   poderiam  ter   sido formados  através  de  processo assemelhado -  teriam sido  transportados até  o local  em  forma   de  pó ou outra,  quando são leves e mais fáceis de  carregar, e,  ao chegarem à  posição  onde  deveriam permanecer , ali mesmo,  pela geopolimerização,  sofriam a  necessária transformação à temperatura ambiente. A  seu  favor    existe  um argumento  de que  essa   obra  era  feita  em determinada  época do ano  -  os meses  de cheia  do  Nilo . Entende-se  que essa época era  utilizada  para aproveitar  a  mão de  obra  que trabalhava  nas fazendas  , onde,  nesse período, dadas as cheias,  o trabalho  de plantio e colheita  era bem pequeno. Mas  bem  poderia haver  outro  motivo,  como   a temperatura  e  a condição atmosférica  necessárias  à composição dos  materiais  empregados. Mas  tudo  são  hipóteses -  esse  grandioso  monumento ainda em  nossos dias   apresenta  seus  mistérios. 

                                   Revestimento externo : foram utilizados blocos de pedra calcária  branca, semelhante ao mármore mas superior a este  por  sua durabilidade resistência a elementos externos. Entre  esses  blocos havia  um espaço  de  aproximadamente  5 mm  no qual  foi  colocado   um material  que  se presume  seja  um tipo de  cola ao mesmo tempo   selador,  não conhecido, destinado a   impedir,  como de fato  o  logrou até  nossos dias  ,  a entrada de água  - está  intacto ainda  hoje e  parece  ser  até  mais resistente do que as  pedras que  une. De acordo com  relatos  de  pessoas  que  o viram  na antiguidade,  possuía  um brilho  distinto  , que  podia ser visto  a quilômetros de distância,  nas  montanhas  de Israel.

                                   Época de construção da Grande Pirâmide :  2.550 a. C..
                                   Área total das 3  pirâmides : 52.611 m² , correspondente a  9 quarteirões da cidade de Nova York,  nos Estados Unidos.
                                   Lados  da  Grande Pirâmide :  cada  lado  forma   um triângulo ,cuja  base  mede  228 m. Foram revestidos externamente   por  uma camada  protetora colocada  sobre os blocos de calcário,  de material não conhecido,  de  muito brilho.
                                   Altura da Grande Pirâmide :  148 m ou  450 pés, correspondente a  um prédio de  49 andares.
                                   Blocos de Granito da Grande Pirâmide :  2,3   milhões  de  blocos de calcário,  cada  um com aproximadamente   duas toneladas  e  meia.
                                   Entrada : fica  no lado norte da  pirâmide e conduz a  um corredor ascendente, comprido e  íngreme.  A  entrada atualmente  utilizada  por exploradores e visitantes foi aberta  pelo Califa Al Mamoun  e  seus  homens  no ano 820  da  nossa  era.
                                   De tudo o que  se  sabe  sobre  as Pirâmides  de Gizé, conclui-se terem sido construídas  por  pessoa(s)  com  muito conhecimento sobre  o planeta Terra  e  sobre  o mapa celeste,  além  de  possuir técnicas  desconhecidas  por  nós.
 
 
 
 
 
Fontes :
http://www2.uol.com.br/historiaviva/conteudo/materia/materia_2.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pir%C3%A2mides_de_Giz%C3%A9#Curiosidades
http://br.geocities.com/quartzo46/giza_pyramids.htm
http://www.avanielmarinho.com.br/maravilhas1.htm

Referências :  The Seven Wonders of the Ancient World (1988) edited by Peter A. Clayton and Martin J. Price; The Seven Wonders of the World (1995) by John and Elizabeth Romer; Hellenic Age (1986) by J. J. Pollitt; Greek Sculpture: The Classical Period (1985) by John Boardman.Plinius: Natural History (1938-) translated by H. Rackham et al. (Loeb Classical Library); Vitruvius: The Ten Books on Architecture (1960) translated by Morris Morgan (Dover Books); Greek Anthology (IX: The Declamatory Epigrams) (1917) translated by W. R. Paton (Loeb Classical Library)