Informe-nos o seu e-mail:

 

English version
 

Química

Atomos - Lições Gerais

Átomo do  Ouro

Fonte : http://7art-screensavers.com/screens/3d-atom-of-gold/3d-atom-of-gold-08.jpg

 

 

Fonte : http://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_elementos_por_s%C3%ADmbolo

Nota :   Mol  é a  unidade de medida de massa  molecular, em  que o Número de Avogadro é  muito importante

( 1 mol =   6x10²³ moléculas)

 

 

A teoria Atômica de  Demócrito

 

Demócrito foi  um grande filósofo grego da  escola que  hoje  classificamos como sendo da  natureza. Era  natural da cidade portuária de  Abderam, na costa norte do mar  Egeu. Nasceu  no ano  460 a.C.  e faleceu no ano  370 a. C..

                                   “Demócrito concordava com seus antecessores num ponto : as transformações que se podiam observar na natureza não significavam que algo  realmente “se transformava”. Ele presumiu, então, que todas as coisas eram constituídas por  uma infinidade de pedrinhas  minúsculas, invisíveis, cada  uma delas sendo eterna e  imutável. A estas unidades  mínimas Demócrito deu o nome de  átomos.

                                   A palavra “átomo”  significa “invisível”. Para  Demócrito era  muito  importante estabelecer que as  unidades constituintes de todas as coisas  não  podiam ser divididas  em unidades ainda  menores. Isto porque se os átomos também fossem passíveis de desintegração e pudessem ser divididos em unidades ainda menores, a natureza acabaria por se diluir totalmente. Como uma sopa que vai ficando cada vez  mais  rala.

                                    Além disso, as “pedrinhas” constituintes da natureza tinham que  ser eternas, pois nada pode surgir do nada. Neste  ponto, Demócrito concordava com  Parmênides e com os eleatas. Para ele, os átomos eram unidades firmes  e sólidas. Só não podiam ser  iguais, pois se todos os átomos fossem iguais não haveria explicação para  o  fato  de eles se combinarem para formar de papoulas a  oliveiras, do pêlo  de  um bode ao cabelo  humano.

                                   Demócrito achava que existia na natureza uma infinidade de átomos diferentes : alguns arredondados e  lisos, outros  irregulares  e retorcidos. E  precisamente porque suas formas eram tão irregulares é que eles podiam  ser  combinados  para dar origem a corpos os mais  diversos. Independentemente, porém, do número de átomos e de sua diversidade, todos eles seriam eternos, imutáveis e  indivisíveis.

                                   Se  um corpo – por exemplo, de  uma árvore  ou de  um animal – morre  e  se decompõe, seus átomos se espalham e  podem ser reaproveitados para dar  origem a  outros corpos. Pois se  é verdade que os átomos se  movimentam no espaço, também é verdade que eles  possuem  diferentes “ganchos” e “engates” e podem ser  novamente reaproveitados na composição de outras coisas que vemos ao  nosso  redor.

......................................................................................................................................................................

                                   Hoje em dia  podemos dizer  que  a teoria atômica  de Demócrito estava quase perfeita. De fato, a natureza é composta  por diferentes átomos, que se  ligam a  outros para depois se separarem novamente. Um átomo de  hidrogênio presente numa célula da  pontinha  do meu nariz pode ter  pertencido um dia à  tromba de  um elefante. Um átomo de carbono que  está  hoje  no músculo do meu coração provavelmente esteve  um dia  na  cauda  de  um dinossauro.

                                   Hoje  em dia, porém, a ciência descobriu que os átomos podem ser divididos em partículas ainda  menores, as  “partículas elementares”. São elas os prótons, nêutrons e elétrons. E talvez estas  partículas também possam ser divididas  em outras, menores  ainda. Mas os físicos são unânimes em achar que em alguma parte deve haver  um limite para esta divisão. Deve haver  as chamadas  partículas  mínimas,  a partir  das quais a  natureza  se constrói.” (In  “O Mundo de   Sofia”, de Jostein Gaarder , Trad. João Azenha Jr., Ed. Cia das  Letras, 46ª. ed.,2001, pp.57-59).

 

Do Renascimento aos nossos dias     

 

                                    Muitos  séculos   se  passaram  desde Demócrito  até  que  fosse  formulada  uma teoria atômica  moderna. São  descobertas  importantes as  seguintes :

 

 

Fissão nuclear:

 

Fontes :
http://www.geocities.com/SiliconValley/Lab/9043/quimica/resumo1.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81tomo
http://www.if.ufrj.br/teaching/radioatividade/fnebomba.html

 

Noções Gerais  no atual  modelo        

 

Conceito : “O átomo   é a menor porção em que pode ser dividido  um elemento químico , mantendo ainda suas propriedades físico-químicas  mínimas”. (In  http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81tomo )

 

Nomenclatura :   o nome  átomo  é de origem grega – a (não) + tomos (parte) - , pois , quando foi descoberto, imaginava-se que  não podia  ser  dividido. E assim lhe  foi dado  o nome com que Demócrito , filósofo grego da  “escola da natureza”,  no século V antes de Cristo, denominou  a  menor  partícula que  ele imaginava  existente  na natureza, que  não  comportava divisão.

Átomo do Néon. Veja mais em :7art-screensavers.com/.../ 3d-atom-of-gold-08.jpg  

 

 

Partes :  sabe-se  hoje  que  os átomos  são formados  por duas partes : 1) o núcleo eletrônico,  um núcleo onde se encontram  prótons  e   nêutrons; 2 ) a eletrosfera,  em torno do núcleo, onde  se  movimentam os elétrons ,  em órbitas elípticas.

Prótons :  são partículas que compõem  o  núcleo de todo átomo, e  possuem  carga  elétrica  comumente  entendida como positiva.

Elétrons :  são partículas que compõem o átomo  e  se encontram   na eletrosfera, em constante  movimento, desenvolvendo órbitas elípticas em torno   do  núcleo eletrônico, enquanto  fazem rotação em torno de si mesmos. Possuem carga elétrica comumente entendida como negativa.

Nêutrons :   são partículas que compõem  o núcleo eletrônico  do átomo  e ficam  junto aos prótons,  não possuindo  carga elétrica,  mas  detêm  massa,  sendo responsáveis  pelo peso  atômico  e   estabilizam   o núcleo, visto que   cargas elétricas  iguais tendem a  se  repelir.

 

Spin :  é o movimento de rotação do elétron em torno do seu eixo.

Camadas  eletrônicas (ou níveis) :  os elétrons estão distribuídos em camadas ou níveis   de energia,  representados graficamente  pelas  letras  do alfabeto maiúsculas,  de  K  a Q  ou  pelos  números 1 a 7. Existe  um número máximo  de elétrons  que  pode  ser contido em  cada  camada ou nível.

 

Orbital   (ou sub-nível) : é  uma região interna de espaço em torno do núcleo (eletrosfera) que  pode tomar várias formas e  onde é mais provável que  esteja  localizado um determinado elétron do átomo. O número máximo de elétrons  em cada  orbital  é  2.

 

Carga Elétrica  atômica :  é a  possuída  pelas  suas  partículas, na proporção  da tabelinha abaixo. O número de nêutrons   é sempre  o mesmo do de  prótons. Se assim não fosse  não haveria estabilidade  nuclear.

 

 

Estado fundamental :  o átomo está em seu estado fundamental  quando  eletricamente  neutro, isto é,  o mesmo número de prótons e de elétrons,  para que haja  a mesma carga   negativa externa   que  a positiva interna, isto é, do núcleo -  as cargas positivas e  negativas, assim, são  neutralizados  pelos  nêutrons .

 

Íons :  são átomos que  não estão em seu estado fundamental,  porque  ganharam  ou perderam elétrons. Quando ganham    elétrons,  chamam-se  anions ( carga negativa)    e quando  perdem elétrons chamam-se  cátions (carga positiva).   Anions  e cátions,  no  meio  ambiente  ou mediante operações laboratoriais,       fazem
ligações  entre a si  para   compensarem  os elétrons  faltantes, ou doar o excesso, formando  moléculas e substâncias.
        O número de elétrons que  um átomo pode ganhar  ou perder depende do tipo do átomo. Há átomos que perdem dois elétrons facilmente e  se transformam  em   cátions  com duas,três cargas positivas, etc.. O mesmo ocorre com os anions.Os átomos dos  metais têm tendência para  perder elétrons e, os dos não-metais, para ganhá-los.
No exemplo ao lado, o anion do Cloro (Cl¯) , que tem um elétron a mais  pode fazer  ligação  com o cátion do Sódio (Na+) , que tem  um elétron a  menos e  vão assim formar a substância  Cloreto de Sódio (NaCl).
       Outros exemplos : Ca²+ (cátion do Cálcio),   O²¯( anion do Oxigênio).

 

Número atômico  :  é um termo usado em  física e química para designar o número de prótons no núcleo do átomo. Em  um átomo em seu estado fundamental, ou seja,  de carga neutra, o número de prótons = número de elétrons. Nos íons  o número atômico ≠ número de elétrons.  É  o número atômico que  caracteriza  um elemento, convencionalmente ( e na Tabela Periódica) porque é estável.  Não  existe  um  elemento diferente do outro  que  possua  o mesmo  número atômico. Mesmo nos casos  de  fissão  nuclear, quando  se “quebra”   o núcleo  do  átomo, o que  ocorre  é o aparecimento de outros  elementos,  diferentes  do  original.  Isso  quer  dizer que,  na realidade, o que caracteriza  um elemento é o número de prótons  existente  no   seu  núcleo.

 

Massa atômica :  é a massa do átomo e é  igual à  massa de prótons+ massa  dos  nêutrons. A massa do elétron  é tão pequena  que praticamente  não precisa ser levada  em  conta. É mais ou menos 2.000 vezes menor que a massa da partícula positiva (é, precisamente,  1/1836 da massa do próton) . Os  prótons têm massa e carga elétrica. Já os nêutrons  têm  massa, mas  não têm carga elétrica. Por isso, na realidade, a  massa do átomo é a  soma das partículas positivas e  neutras  do átomo.

Elemento :  denomina-se elemento químico todos os átomos  que possuem o mesmo número atômico, ou seja, o mesmo  número de prótons em seu núcleo.  Os  elementos químicos existentes e conhecidos são apenas aqueles  relacionados na Tabela Periódica  dos  Elementos Químicos. Sua existência, descoberta  e denominação  é certificada  pelo IUPAC - International Union of Pure and Applied Chemistry .

 

Substância química :  com um pouco mais de 100 elementos químicos, pode-se formar milhares de substâncias  químicas diferentes . Isso é possível porque os átomos podem se reunir, formando grupos chamados moléculas e  grupos chamados aglomerados  iônicos .  Cada grupo (molécula  ou aglomerado iônico) forma  uma substância química.

 

Composto químico :  é a substância química constituída por moléculas  ou cristais  de  dois ou mais átomos ou íons ligados entre  si, numa proporção fixa  e  definida.  Exemplo :  a  água, que  é formada de  hidrogênio+oxigênio.

 

Isótopos :  são átomos de  um elemento químico cujos núcleos têm o mesmo número atômico mas diferentes massas atômicas. A palavra significa “no mesmo local” e  faz alusão ao fato  de que   se situam  no mesmo local da Tabela Periódica que  o  elemento com o mesmo nome. Na nomenclatura científica os  isótopos são designados pelo nome do elemento químico seguido por um hífen e pela sua massa atômica –soma do  número de  prótons e nêutrons do seu núcleo atômico . Exemplos : ferro-57 (isótopo do ferro, que em seu estado fundamental tem  26 prótons e 30  nêutrons , massa atômica 56); urânio-235 (isótopo do urânio, que em seu estado fundamental tem 92 prótons e 145 nêutrons, massa atômica  238)  e  hélio-3 (isótopo do hélio, que em seu estado fundamental  tem 2 prótons e 2 nêutrons,  massa atômica 4).

 

Propriedades :   são características especiais de cada elemento, que  dependem de como se distribuem os  elétrons nos níveis de energia  de cada átomo -  ou  nas  camadas  mais externas,  ou nas camadas  mais internas, ou seja, diz respeito à  configuração eletrônica. Quando a diferenciação  advém da configuração eletrônica em  um nível interno (ao menos um orbital “f” incompleto),  o elemento se diz de transição interna (elementos dos períodos 6 e 7 do grupo 3,  família 3B- os  Lantinídios e os Actnídios) e, quando  de  um nível externo, diz-se de transição externa ou simplesmente de transição  (ex. um íon que tenha uma orbital “d” incompleta com elétrons – vários metais, como o ouro, paládio, prata, titânio, etc.).

 

Ligações :  átomos  em  situação de íons ( cátions ou anions) têm  tendência a serem atraídos  por outros,  também com falta  ou excesso  de  elétrons  na última camada de sua eletrosfera, compensando-se  mutuamente para completar  o número  total de elétrons  idêntico ao do  átomo do mesmo elemento em seu estado fundamental . Vão formar, assim, moléculas do  mesmo  elemento  ou de  outros elementos ou substâncias.

 

Fontes :
Telecurso 2000 – Ensino Médio – Química 2- da  Fundação Roberto Marinho, Ed. Globo, 2002, pp.83-87
http://pt.wikipedia.org/wiki/Elemento_qu%C3%ADmico
pt.wikipedia.org/wiki/Átomo - 68k
http://www.calion.com/cultu/atomo/start.htm
7art-screensavers.com/.../ 3d-atom-of-gold-08.jpg
Notas de aula do Curso preparatório para Vestibular GPI, em  1995,  em Copacabana, 1º semestre, Professores Marcos e Jeiel

 

 


 

IEJUSA

Espaço Cultural IEJU-SA

©2009 - IEJU-SA